domingo, 2 de outubro de 2016

Sem organização, sem criatividade, sem confiança. Com clone de Tite, Corinthians perde para o Botafogo por 2 a 0. Despenca no Brasileiro. Desgovernada, equipe precisa de técnico ‘de verdade’…

Um gol irregular. Outro nascido na displicência inaceitável de Fagner. Pênalti inexistente desperdiçado por Marquinhos Gabriel, muito bem defendido por Sidão. Derrota do Corinthians para o Botafogo por 2 a 0, com a torcida gritando olé. Outra péssima partida do time dirigido por Fabio Carille. Sem criatividade, organização, sem confiança. O clube despenca na tabela. Já é apenas o sétimo.

A pressão para a saída do treinador interino, clone de Tite, só aumenta. O caminho para a Libertadores de 2016 vai ficando distante. São cinco partidas sem vitória. A pressão por um técnico de verdade vai ficando insuportável. Já a reação do Botafogo, desde a troca de Ricardo Gomes por Jair Ventura, segue sensacional. E resume a importância de um técnico, de um comandante. Não importa a pouca experiência.

"Nosso primeiro tempo foi muito abaixo mesmo em número de desarmes, finalizações... Entramos com a concentração baixa. Tem que elogiar quando fomos bem, como nos últimos jogos, mas hoje não rendemos o esperado. Trabalhamos bastante, tentamos motivar a todos, mas rendemos abaixo.

"É um grupo jovem, e temos um ano em que aconteceu muita coisa, desde a pré-temporada quando perdemos seis titulares, depois Elias, Felipe... Se cobra às vezes mais do que deve."
Foi assim, tentando desviar o foco, repassando a culpa pela derrota aos jogadores, que Fabio Carille explicou mais essa derrota corintiana. Tomou o pior caminho. Deveria ter assumido o péssimo trabalho que fez como organizador, comandante da equipe. A atuação do Corinthians no Rio foi constrangedora.

E a responsabilidade não foi dos atletas. Mas pela maneira com que eles foram orientados, motivados, organizados. Embora tenha sofrido os desmanches de uma diretoria perdida, incompetente, o elenco corintiano ainda é muito melhor, tem mais recursos que o Botafogo. O problema está na maneira com que esses atletas foram muito mal trabalhados.

Não adiantou outra vez, Carille distribuir os jogadores como Tite, de quem foi auxiliar por cinco anos. Colocar o Corinthians no 4-1-4-1 e não ter capacidade para exigir intensidade, movimentação coordenada, triangulações, recomposição organizada, pegada forte, vibrante, velocidade nos contragolpes, ataque e defesa em bloco. E, principalmente, personalidade para convencer o jogador a 'comprar' seus conceitos, convencê-lo que sabe o caminho da vitória. Isso diferencia um auxiliar dedicado de um treinador. E nem todos conseguem fazer essa escalada.

1agenciacorinthians Sem organização, sem criatividade, sem confiança. Com clone de Tite, Corinthians perde para o Botafogo por 2 a 0. Despenca no Brasileiro. Desgovernada, equipe precisa de técnico de verdade...

Foi impressionante, por exemplo, a liberdade que Neilton teve enquanto esteve em campo. Fez o que quis, flutuando entre os volantes e zagueiros corintianos. Impressionante como Carille assistia impassível. As linhas estavam distantes, o que torna a marcação frouxa. Do que se aproveitou a equipe muito bem montada por Jair Ventura.

Havia espaço para o Botafogo tocar a bola na intermediária. Usar seu maior trunfo. A compactação e os ataques em velocidade. O Corinthians entrou encolhido, dando a iniciativa para os cariocas, mas marcando muito mal, tudo o que conseguiu foi tomar sufoco. E perder o jogo logo no primeiro tempo.

Caio Max Augusto Vieira, árbitro do Rio Grande do Norte, justificou o que está cada vez mais claro. Esta é uma das piores safras de juízes já lançada pela Comissão de Arbitragem da CBF. Ele foi engolido pelos jogadores. Não teve capacidade para se impor. Passou seu nervosismo, sua insegurança. Não esteve a altura da importância da partida. Enquanto a lei Pelé não for modificada e o futebol brasileiro ficar amarrado a sorteios de juízes, será sempre a mesma coisa.

Caio Max cometeu um erro banal, infantil. E prejudicou o Corinthians. Yago foi tirar a bola da defesa corintiana. Neilton dividiu. O chute do corintiano rebateu no botafoguense. A bola sobrou para Vinícius Tanque, completamente impedido. Ele a devolveu para Neilton encobrir Walter. Gol irregular do Botafogo, aos 23 minutos. Inacreditável a falha do árbitro. O lance era totalmente dele.

O Botafogo que era muito melhor, não precisava dessa ajuda.
O Corinthians, que já jogava mal, sentiu o golpe. Seus jogadores perderam o pouco de concentração que tinham. Desorganizados, irritados, davam ainda mais espaço aos contragolpes em velocidade do Botafogo. O ruim se tornou péssimo por uma jogada displicente, inaceitável para um jogador da Seleção Brasileira.

A bola foi esticada para a dividida entre Diego Barbosa e Fagner. O lateral corintiano chegou antes. Mas tentou despachá-la de calcanhar. Ele estava 'grudado' no botafoguense. A bola bateu no antebraço do jogador rival, lance completamente involuntário e legal. E sobrou para o arremate violentíssimo. Indefensável para Walter. 2 a 0 para o Botafogo, aos 38 minutos. Não houve irregularidade alguma desta vez.

Quem acompanhou a partida sabia.

O jogo estava resolvido.

Carille tentou ajustar sua equipe no intervalo. Jair Ventura queria mais contragolpes. Os paulistas finalmente tiveram coragem de adiantar a marcação. Passaram a tentar travar a saída de bola botafoguense. Mas de maneira desorganizada, mais pela vontade do que pela consciência tática.

E eis que ele entra em ação novamente. O 'indefectível' Caio Max Augusto Vieira. Lógico, que soube do erro absurdo que cometeu no primeiro tempo a favor do time carioca. E não é que, aos nove minutos, ele falha novamente. Deste vez ajudando o Corinthians? Que coincidência... Marlone, até então invisível, chuta cruzado. A bola bate no braço de Emerson Santos, que também estava muito perto do corintiano. Lance involuntário e legal. Mas Caio Max marcou a penalidade inexistente.

Marquinhos Gabriel pegou a bola. Sidão apontou o canto direito. E o corintiano bateu exatamente lá. O goleiro botafoguense mostrou excelente reflexo e fez a defesa. O gol poderia ser o início de uma reação paulista. Mas Sidão não permitiu.

Foi o golpe psicológico final. Se já faltava confiança, os corintianos ficaram ainda mais perdidos, desorientados, tensos. O Botafogo apenas tratou de administrar a importante vitória. O time que era apontado como favorito ao rebaixamento, já sonha com Libertadores.
E o Corinthians segue despencando.

Em todos os sentidos.

Dentro e fora do campo.

Se quiser sonhar com Libertadores, a diretoria tem de agir.
Está custando caro demais dar experiência a Fábio Carille.
Milhões de reais podem deixar de entrar nos cofres em 2017.
Basta ficar de fora da maior competição da América do Sul.
Parece que é este o caminho que a direção corintiana quer seguir...


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Blog Cosme Rímoli

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