quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Nem gol mal anulado disfarça. Seis jogos sem vitórias. Oitavo no Brasileiro. Torcida vira as costas para o time. Dívida com o estádio trava o clube. A crise começa a dominar o Corinthians…



Seis partidas sem vitórias no Brasileiro. Pela terceira vez em apenas 11 dias, recorde de pior público da história do Itaquerão. Pouco mais de 17.135 torcedores. Clube já três pontos distantes do 'G6' da Libertadores. Caiu para oitavo lugar.

A torcida, outra vez, vaiou muito ao final, depois de outro fraco desempenho do time. Desta vez no 0 a 0 contra o Atlético Mineiro. O time de Marcelo Oliveira estava desfalcado de cinco jogadores importantes. Os mineiros ficaram 11 minutos com um jogador a menos. Leandro Donizete foi expulso aos 34 minutos do segundo tempo.

A única defesa da diretoria, de Fábio Carille, dos jogadores foi um lance. Aos 23 minutos do primeiro tempo, Marquinhos Gabriel foi à linha de fundo e cruza. A bola encobriu Victor. O zagueiro Gabriel estava postado para cabecear. Mas surgiu, veloz, e de surpresa, Gustavo. Ele cabeceou a bola e uma fração de segundo depois empurrou o atleticano. Gol legal.

O inexperiente e inseguro Rodolpho Toski Marques estava de frente para a jogada. Confirmou o gol. Apontou para o meio de campo. Mas o auxiliar, da Fifa, Bruno Boschilia, entendeu o lance como falta. Faltou convicção para Rodolpho seguir com a sua opinião. Erro gravíssimo e que prejudicou sim o Corinthians.

Mas o time de Carille teve 67 minutos para vencer o jogo em casa. E repetiu o futebol moroso, sem criatividade, imaginação. Isso diante de um Atlético Mineiro que tinha Robinho, Fred. Mas que manteve uma postura frustrante, defensiva acovardada, sem ousadia, satisfeito com o 0 a 0. Se vencesse, tomaria a segunda colocação do Flamengo. Ficaria só a dois pontos do líder Palmeiras. Precavido demais, ficou a quatro, com um jogo a mais.

Nos vestiários corintianos, os jogadores fizeram um escândalo. Repetiram dezenas vezes o quanto foram prejudicados pela arbitragem. Não tocaram no péssimo futebol que outra vez o time mostrou.

"Fomos merecedores da vitória. O gol foi mal anulado. Quando o Corinthians é favorecido, todo mundo fala, agora tem de falar também. Contra o Botafogo tomamos um gol impedido, agora é hora de falar também", reclamava Marquinhos Gabriel.

"Não foi falta. Peguei primeiro na bola. Fomos prejudicados. Mas o que posso falar?", desabafava Gustavo, que iria quebrar seu jejum de sete partidas. O atacante ainda não conseguiu marcar com a camisa do Corinthians.

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A reclamação era justa.

Mas não disfarçava outra péssima partida do time.

É essa campanha ruim que tem afastado os torcedores.

Se a Ponte Preta vencer o Cruzeiro e o Botafogo vencer o Figueirense, o Corinthians cairá para décimo. O que poderá tornar tudo ainda pior. A diretoria corintiana já desistiu de pensar em título do Brasileiro há muito tempo. E sabe o quanto precisa disputar a Libertadores.

O presidente Roberto de Andrade vem mantendo sua postura. Resistindo à pressão das organizadas, de conselheiros importantes e até membros de sua diretoria. Todos pedem a contratação de um treinador. E o fim da interinidade do auxiliar Fábio Carille. Mas Roberto rebate. Afirma que faltam nove partidas no Brasileiro e que o time está nas quartas de final da Copa do Brasil. Diz que levaria muito tempo para um técnico conhecer os jogadores. E está disposto a seguir mesmo com Carille. No fim da temporada poderá escolher à vontade.

O caminho do Corinthians no Brasileiro. Santa Cruz, em Cuiabá; América Mineiro, no Itaquerão; Flamengo, fora, Chapecoense, no Itaquerão; São Paulo, no Morumbi; Figueirense, em Florianópolis; Internacional, no Itaquerão; Atlético Paranaense, no Itaquerão; e Cruzeiro, em Belo Horizonte.

A diretoria, pressionada pelas organizadas, deve tomar o caminho que garantiu que não tomaria, atuando no Itaquerão. Encarar a realidade e baixar o preço dos ingressos. Porque está cobrando caro para jogos cada vez piores.

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Os preços ontem foram de R$ 50,00 a R$ 180,00 para o público em geral.

Com direito a meia e descontos aos sócios-torcedores.

A arrecadação de ontem, R$ 760.443,00, com menos de meio estádio, foi tão grave para os dirigentes quanto o frustrante 0 a 0. Foi assustador apenas 17.135 torcedores em um confronto tão importante, contra o tradicional Atlético Mineiro. A média de 2015 foi de mais de 33 mil corintianos na arena, a maior do Brasil.

A fórmula que o Corinthians escolheu para pagar seu estádio é pública. A principal fonte de pagamento vem das arrecadações. Em dois anos, o clube conseguiu juntar apenas R$ 72 milhões para uma dívida de R$ 1,6 bilhão, custo final do estádio, com os juros. O Corinthians está sem pagar as parcelas do financiamento do estádio desde abril. Alega que deseja estender o prazo para quitar o estádio. Reclama de obras que não foram concluídas pela Odebrecht.
A situação é muito ruim nos bastidores. Com a queda do governo do PT, perdeu apoio nesta briga com o BNDES. O financiador de todos os estádios da Copa do Mundo de 2014 tem o direito de cobrar do banco que deu o aval: a Caixa Econômica Federal.

Ou seja, o Corinthians está ficando com o dinheiro das arrecadações. Mas terá de devolver. Para o BNDES ou para a Caixa, quando resolver sua briga na justiça.

Roberto de Andrade sabe que o elenco é fraco. Mas tudo o que não pode fazer é atrasar salários, como cansou de fazer em 2015, este time não suportaria tanta pressão. Principalmente sem a presença de Tite. Foi o treinador que administrou a crise. De maneira incrível, a ponto da conquista do hexacampeonato brasileiro.

O diretor de futebol, Eduardo Ferreira, quer abandonar o cargo no final da temporada. Ex-membro ativo da Gaviões da Fiel não está suportando a cobrança de seus ex-companheiros. Eles exigem ingressos mais baratos e mais transparência nas contas do clube. Eduardo nada pode fazer.

O Corinthians tem gravíssimos problemas.

E vão muito além de um pênalti não marcado.

A péssima negociação do estádio continua sugando o clube.

Chegar à Libertadores de 2017 é obrigação.

Não pela tradição do clube.

Nem agradar os vândalos.

Mas pelo planejamento do pagamento das dívidas.

Mas como cobrar um elenco fraco?

Comandado por um auxiliar técnico?

Mesmo mostrando um futebol cada vez pior?

Capaz de espantar seus fiéis torcedores?
 
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Esse é o grande desafio para o fim de 2016 para o Corinthians...

Blog Cosme Rímoli

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