sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O Brasil de Tite deu outra aula de modernidade. A Seleção goleou a Bolívia por 5 a 0. O ponto negativo foi Neymar. Outra vez ele caiu na provocação de medíocres. E deixou o jogo suspenso e sangrando. Passou da hora de amadurecer…



O Brasil de Tite deu outra lição de futebol, Não pelo fraco adversário, a Bolívia. Mas se impôs atuando de maneira organizada, intensa, séria, durante os 90 minutos do jogo, em Natal. A vitória por 5 a 0 marcou a valorização do conjunto, da estratégia seguida à risca, com liberdade para o improviso.

Tite mudou a dinâmica do país nas Eliminatórias. De ameaçado de não disputar a Copa, com os triunfos diante de Equador, Colômbia e Bolívia já é o segundo na classificação geral.

A noite poderia ter sido perfeita. Se Neymar, que marcou seu gol de número 300 na carreira, não caísse na provocação dos seus marcadores. Outra vez revidou, tomou amarelo, está suspenso, não enfrenta a Venezuela. E, pior, teve de sair aos 20 minutos do segundo tempo. Sangrando. Graças a uma cotovelada maldosa de Duk. O corte no supercílio foi até pouco. Os bolivianos estavam querendo machucá-lo de verdade.

O camisa dez do Brasil precisa mudar seu comportamento. Ele é o terceiro melhor jogador do planeta. Mas é alvo fácil de medíocres que já descobriram que é fácil provocá-lo.

Principalmente quando atua pelo Brasil. Tite tem de ser firme. Ou Neymar ainda pode acabar seriamente machucado ou sabotar a Seleção em uma partida fundamental. Como na Copa do Mundo da Rússia, por exemplo. A hora é de cortar o mal pela raiz.

Neymar deixou o campo suspenso e sangrando.

Não tem cabimento.

A partida tinha ingredientes novos para Tite. O treinador havia revertido as expectativas contra Equador e Colômbia. O medo de que a reformulação daria certo em tão pouco tempo era enorme. Mas o treinador conseguiu impor sua maneira moderna e acrescentou a estrutura europeia a jogadores que não conseguiam desenvolver seu talento com Dunga. As vitórias por 3 a 0 e 2 a 1 espantaram esse receio.

25 O Brasil de Tite deu outra aula de modernidade. A Seleção goleou a Bolívia por 5 a 0. O ponto negativo foi Neymar. Outra vez ele caiu na provocação de medíocres. E deixou o jogo suspenso e sangrando. Passou da hora de amadurecer...


Em Natal contra os bolivianos, vigorou a gangorra bipolar que cerca a Seleção Brasileira. A depressão virou euforia. E a goleada virou obrigação. Afinal, o time enfrentaria a penúltima colocada das Eliminatórias. E que estava alijada da sua maior força, os 3.800 metros de altitude. O time do técnico Guillermo Hoyos é fraquíssimo.

Só que a Seleção estava acostumada a sofrer diante de adversários com nível técnico baixo e apenas preocupadas em se defender. Invariavelmente, o time apelava para as jogadas individuais. Principalmente de Neymar. Ele tinha toda a liberdade de Dunga para pegar a bola e tentar resolver o jogo sozinho. Driblando que estivesse pela frente. Tamanha liberdade provou uma dependência absurda do time como um todo. Por isso as partidas ficavam tão difíceis, tensas. Bastava o adversário marcar bem Neymar e a Seleção agonizava.

Tite sabia muito bem que era tudo o que ele não faria. Muito pelo contrário. Ele treinou forte o conjunto. Deixou ainda mais claro a importância dos jogadores para formar uma equipe competitiva, intensa, vibrante. E que enfrentaria a Bolívia com a pegada, com a seriedade de quem estivesse enfrentando a Alemanha.

Neymar não teria liberdade para jogar sozinho. Muito pelo contrário. Deveria jogar pelo time. Como faz tão bem pelo Barcelona. Ele atuaria como Messi. Livre para flutuar pelo meio, pela esquerda, direita. A ordem de Tite era explorar as triangulações. Desta vez teria Philippe Coutinho pela direita. Tite fez justiça. Com ele, a equipe melhorou tanto contra equatorianos e colombianos. Ganhou a posição de Willian. Se revezando como atacante fixo e voltando para receber pela esquerda, como gosta, Gabriel Jesus.

Tite resgatou Fernandinho para o lugar do contundido Casemiro. Giuliano, jogador de sua confiança, substituiria o suspenso Paulinho. E Renato Augusto jogaria um pouco mais livre, assim como Daniel Alves e Filipe Luís, que se tornou titular porque Marcelo está contundido.
O treinador brasileiro tinha certeza que o argentino Guillermo Hoyos iria montar duas linhas de marcação. E sonhar com um contragolpe perfeito. E Tite seguiu muito bem a cartilha de como desarmar times com um sistema defensivo tão intenso.

Velocidade, troca de bola, inversões e triangulações. E marcação alta. O time todo tratando de tirar o espaço dos bolivianos. Ainda na defesa. Uma blitz intensa, o tempo todo. Jogar de maneira séria, intensa. Não só para marcar logo o primeiro gol, mas para mostrar que o Brasil está renascido.

E demorou apenas 10 minutos para os atônitos bolivianos perceberem com quem estavam jogando. Neymar roubou a bola na intermediária. Entregou para Gabriel Jesus. O atacante não foi egoísta. E a devolveu para Neymar marcar o primeiro gol, o de número 300 na carreira. O gol mostrou o quanto o time está unido, com espírito coletivo.

O gol deu ainda mais confiança à Seleção. O Brasil seguiu tocando a bola com consciência, encurralando o adversário. E 15 minutos depois, em uma jogada linda de Giuliano, o meia do Zenit deu o gol para Philippe Coutinho marcar. 2 a 0, Brasil.

Os bolivianos já estavam irritados. E começando a dar pontapés. Neymar era o alvo predileto, como era de se esperar, por ser o mais talentoso. Só que ele não resistiu às provocações. Aos 27 minutos chutou a bola no rosto de um rival caído. E seguiu não deixando passar uma provocação. Tanto que aos 35 minutos trocou empurrões, palavrões com Azogue. Acabou tomando o cartão amarelo e não enfrentará a Venezuela.

A Seleção da Bolívia resolveu descontar a raiva da derrota com agressões a Neymar. Isso facilitou as coisas. Aos 38 minutos, o camisa dez do Brasil tomou mais uma entrada dura, mas antes de cair, conseguiu deixar Filipe Luís cara a cara com o goleiro Lampe. O chute foi indefensável. 3 a 0.

Mas ainda daria tempo para mais um gol antes do intervalo. Os bolivianos estavam abatidos. Neymar pegou a bola desceu da esquerda para o meio e serviu Gabriel Jesus. Devolveu o presente do primeiro gol. O palmeirense, livre, chutou forte. 4 a 0 Brasil.

Tite deveria ter tirado Neymar no intervalo. Estava claro que os bolivianos não o iriam deixar escapar sem mais agressões. Esse foi o escorregão do treinador. A partida decidida, ganha. Se Neymar não queria sair, problema dele. Cabe ao treinador enxergar além dos seus jogadores. O técnico se omitiu.

O Brasil seguiu correndo, lutando para ampliar o placar. Já que o jogo estava perdido, a diversão dos bolivianos era caçar Neymar. Até que aos 19 minutos, Duk acertou uma cotovelada digna de MMA no brasileiro. Seu supercílio direito se rompeu. E o sangue se espalhou no seu rosto, na camisa. Só aí, Tite o trocou por Willian. Foram desnecessários e perigosos os 19 minutos que o camisa 10 ficou em campo no segundo tempo.

O ritmo caiu um pouco, mas o Brasil seguia muito mais perigoso que os bolivianos. Até que aos 29 minutos veio o quinto gol. Seu companheiro de Liverpool, Philippe Coutinho, cobrou escanteio e Roberto Firmino cabeceou para as redes. 5 a 0.

64 O Brasil de Tite deu outra aula de modernidade. A Seleção goleou a Bolívia por 5 a 0. O ponto negativo foi Neymar. Outra vez ele caiu na provocação de medíocres. E deixou o jogo suspenso e sangrando. Passou da hora de amadurecer...


Os bolivianos não tinham força para reagir.

Nem buscar o gol de honra.

A Seleção continuou tentando marcar mais gols.

Mas todos já estavam satisfeitos.

O Brasil tinha de ganhar, golear.

Goleou.

O senão ficou por conta de Neymar.

Passou da hora dele amadurecer.

Cabe a Tite fazer com que entenda quem é.

E o que representa.

Ou vai deixar o campo sangrando mais vezes.
 

1reproducao13 O Brasil de Tite deu outra aula de modernidade. A Seleção goleou a Bolívia por 5 a 0. O ponto negativo foi Neymar. Outra vez ele caiu na provocação de medíocres. E deixou o jogo suspenso e sangrando. Passou da hora de amadurecer...


Desnecessário...


 
Blog Cosme Rímoli

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