sábado, 8 de outubro de 2016

Libertadores-2018 vai excluir clubes com problemas em contas e sem estádio:

A Libertadores-2018 não terá a presença de clubes que tiverem com problemas nas contas ou sem estádio garantido, seja alugado ou próprio. Pelo menos é o que diz o regulamento da Conmebol para licenças de times que serão obrigatórias daqui a dois anos. A CBF deve ter regras similares na mesma temporada.


O licenciamento de clubes da Conmebol chega com um atraso de quase 10 anos em relação à Europa. A Fifa criou o sistema em 2007, e a UEFA o implantou no ano seguinte. Só agora a confederação sul-americana colocará em prática, ainda faltando decidir o órgão que o aplicará e detalhes das regras.
No documento, publicado no final de setembro, há uma série de pré-requisitos para poder disputar a Libertadores e a Copa Sul-Americana. Alguns são mais fáceis para os grandes clubes brasileiros como manter categorias de juvenis estruturadas e departamentos profissionais de marketing, futebol, finanças.

As regras de estruturas físicas e principalmente as financeiras são mais complicadas. Na questão de estrutura, o clube terá de ter um estádio próprio ou um alugado com contrato fixo. Clubes cariocas como Flamengo e Fluminense, este ano, por exemplo, estavam itinerantes boa parte do Brasileiro como Maracanã fechado. Há exigências de condições de conforto para os estádios apresentados.
Mas o maior desafio deve ser financeiro. As regras da Conmebol preveem que os clubes apresentem relatórios financeiros com detalhes como dívidas por transferências, com partes relacionadas (investidores) e salários. Além disso, devem explicar suas receitas de televisão, de jogadores, de patrocínios.

É um primeiro passo para cobrar que os clubes só possam ter a licença quando não tiverem dívidas de salários e transferências como ocorre na Europa. Ou seja, time caloteiro não disputará a Libertadores no futuro. ''Essas mudanças vão ser aos poucos. Na Europa, a cada ano aumenta o número de exigências'', contou Marcos Motta, advogado que ajuda na construção do sistema de licenciamento da CBF.

A confederação deve finalizar seu sistema de licenciamento até o final do ano. Mas a implantação também será gradativa com algumas clubes sendo usados como laboratório. O texto final já está pronto, mas ainda não foi publicado nem está em vigor já que o chamado processo de reformas da entidade anda a passos lentos. O regulamento da Conmebol obriga as associações a criar seu próprio sistema nacional – até agora só o Peru já tem um.
Dentro da comissão da CBF, há a consciência de que, hoje, os clubes cumprem boa parte das exigências, mas terão de se adaptar a novas obrigações. Há o entendimento de que, na América do Sul, pode haver ainda mais dificuldade em outros países. As regras no Brasil ocorrem juntamente com a implantação da Lei do Profut pela qual times serão rebaixados no Brasileiro se tiverem dívidas fiscais ou não cumprirem certos requisitos financeiros a partir de 2018.

No caso da Libertadores, a data limite para os clubes apresentarem todos os seus documentos financeiros regulares será 30 de novembro de 2017 para poder disputar a Libertadores-2018. É até lá que os times brasileiros terão de cumprir seu primeiro desafio de ajeitar as finanças ou poderão começar a ser excluídos de competições.

Blog Rodrigo Matos

 

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