segunda-feira, 25 de maio de 2020

Vadão, ex-técnico da seleção feminina, morre vítima de câncer:

Vadão também teve passagens marcantes pela Ponte — Foto: Raul Pereira / Globoesporte.com
 

Morreu no início da tarde desta segunda-feira Oswaldo Alvarez, o Vadão, ex-técnico da seleção brasileira feminina de futebol e com passagens por São Paulo, Corinthians, Guarani, Ponte Preta, entre outros.

Aos 63 anos, ele lutava contra um câncer no fígado e estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a semana retrasada. A assessoria de imprensa do hospital confirmou o falecimento à reportagem do GloboEsporte.com.
 
Oswaldo Alvarez, o Vadão: o técnico da seleção feminina em vida, obra e peripécias

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Vadão lutava contra a doença desde o início de 2020, quando passou por sessões de quimioterapia e chegou a apresentar evolução, mas o quadro se agravou recentemente.
 

Histórico


Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, tentou a sorte como jogador nos anos 70, atuando pelos times juvenis do Guarani e do Botafogo-SP. No profissional, passou por Paulista, Velo Clube e Capivariano.
 
Vadão, à esquerda, na época de jogador com a camisa do Guarani — Foto: Arquivo pessoal
 
Mas foi à beira do campo, como treinador, que ele fez o seu nome, sempre com a história muito ligada ao futebol do interior paulista. A começar pelo primeiro grande trabalho.
 
Vadão ganhou destaque com o "Carrossel Caipira" no Mogi Mirim, onde ajudou a projetar Rivaldo, Leto e Válber também eram outros símbolos daquele time que se inspirava na Holanda de 1974, com o esquema 3-5-2.
 

Mister Dérbi


Ele também está entre os principais técnicos do futebol de Campinas. Pelo Guarani, é o terceiro treinador que mais dirigiu o time na história. Foram 204 jogos em cinco passagens (1995, 1997-98, 2009-10, 2012 e 2017), com campanhas marcantes, como o acesso na Série B em 2009 e o vice-Paulista de 2012 - quando foi eleito o melhor treinador do torneio.
 
Vadão é o terceiro técnico que mais dirigiu o Guarani — Foto: Rafael Fernandes / GuaraniPress
 
À frente da Ponte, Vadão teve quatro passagens (2001-2002, 2005, 2006 e 2014). No Brasileirão de 2005, chegou a levar a Macaca à liderança antes de aceitar uma proposta do Verdy Tokyo , do Japão. Foi a sua única experiência internacional.
 
Também em Campinas é conhecido como "Mister Dérbi" por nunca ter perdido um clássico da cidade, seja por Guarani ou Ponte Preta. A invencibilidade é de nove jogos, com cinco vitórias (quatro pelo Guarani e uma pela Ponte) e quatro empates (três pela Ponte e um pelo Guarani).
 

Surgimento de Kaká


Ainda em São Paulo, ficou marcado por ter lançado o meia Kaká no profissional do São Paulo, no título do Torneio Rio-São Paulo de 2001. Um ano antes, teve uma rápida passagem pelo Corinthians, de apenas 21 jogos durante a Copa João Havelange.
 
Vadão foi o responsável por lançar Kaká no São Paulo — Foto: Arquivo pessoal / Oswaldo Alvarez
 
Foram os dois times do "trio de ferro" que ele comandou. Portuguesa, São Caetano, Araçatuba, XV de Piracicaba e Matonense são as outras equipes paulistas no currículo do treinador.
 
Já em outros grandes centros, o primeiro grande trabalho de Vadão foi pelo Athletico-PR, em 1999, quando conquistou seus dois primeiros títulos na carreira (Torneio Seletivo para Libertadores em 1999 e Campeonato Paranaense de 2000) e iniciou a montagem do grupo que seria campeão brasileiro no ano seguinte. Trabalhou outras duas vezes no Furacão, em 2003 e entre 2006 e 2007, quando foi semifinalista da Copa Sul-Americana.
 

Seleção brasileira


A história na seleção brasileira feminina começou em abril de 2014, quando estava na Ponte e recebeu o convite da CBF. Em dois anos e sete meses durante o primeiro comando, colecionou conquistas: Copa América 2014,
 
Vadão foi campeão catarinense pelo Criciúma — Foto: João Lucas Cardoso
 
Torneio Internacional de Futebol Feminino 2014, Campeonato Internacional de Futebol Feminino de 2015, Jogos Pan-Americano de 2015, além do quarto lugar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Neste ano, ele foi escolhido pela FIFA o sexto melhor treinador do mundo de um time feminino.
 
Já o segundo trabalho na seleção feminina começou em setembro de 2017. Desta vez, ficou um ano e 11 meses, sendo campeão do Torneio Internacional de Futebol Feminino (China), em 2017, e da Copa América, em 2018.
 
Vadão ao lado de Marta em treino da seleção feminina — Foto: Reuters
 
O último torneio pela seleção foi a Copa do Mundo de 2019, com a eliminação nas oitavas de final para a França. Um mês depois do Mundial, foi demitido pela CBF e estava à espera de uma nova oportunidade para voltar ao mercado.
 
Globo Esporte
 

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