terça-feira, 5 de maio de 2020

Quem Era o Massagista do Flamengo que Morreu por Covid e Mudou a Visão do Clube:

Jorginho, massagista do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo.
O Sorriso largo era marca registrada do massagista Jorge Luiz Domingos, que morreu ontem (4) vítima da Covid-19. Com quase 40 anos de Flamengo, Jorginho se confundia com o próprio clube, que viveu um dia de consternação coletiva com a perda.

A tragédia não deverá mudar radicalmente os planos rubro-negros, já que o presidente Rodolfo Landim é o partidário número 1 do retorno aos treinos, posição esta não defendida por Marcos Braz, vice de futebol. Mas ante a perda de uma bandeira rubro-negra, o Fla adotará uma dose extra de cautela antes da definição. Ante o baque, a cúpula aguarda os resultados dos exames feitos por jogadores e a comissão técnica, que encontrarão quatro campos à desinfecção.

Como massagista, Jorginho foi testemunha ocular do Flamengo de Zico, mas ainda teve tempo para saborear um novo título da Libertadores. E o êxtase vivido por ele em Lima tem um responsável: o lateral Rafinha. Já afastado das viagens e jogos, Domingos era figura carimbada no Ninho do Urubu, mas, a pedido do camisa 13, que falou aos diretores que o colega era "pé quente", trabalhou na semifinal, quando o Fla goleou o Grêmio por 5 a 0 e carimbou vaga na decisão.

A partir dali, presenciar a finalíssima contra o River Plate eram favas contadas. Campeão após 38 anos, ele festejou como criança o bicampeonato."Ser bicampeão é uma emoção muito grande, só Papai do Céu é que sabe", disse ele, ainda em campo, minutos após a conquista no Monumental.

Além das dezenas de medalhas que tinha guardado em sua casa na Ilha do Governador, Jorginho também tinha um outro "troféu" particular. Era ele quem dirigia o carrinho tático usado pelo técnico Jorge Jesus durante os treinos. Para chegar no centro de treinamento, o "Tio Jorge", forma como os demais funcionários se referiam a ele, também chamava atenção. Em vez dos carrões importados que lotam o estacionamento do CT, ele chegava a bordo de um Fusca de estimação.

Fã de samba e de uma cerveja gelada com os amigos, Jorginho atingiu o ápice do futebol com a seleção brasileira. Pentacampeão em 2002, na Copa no Japão e Coreia do Sul, conseguiu adquirir alguns imóveis que o auxiliaram na na renda até os últimos dias. Sem um de seus maiores emblemas, o futebol do Flamengo calcula os riscos e avalia o retorno em tempos de pandemia. A ausência será certamente sentida.

Faltam palavras para expressar a importância de Jorginho na história do Flamengo. Alegria, sorrisos e incentivos diários aos nossos atletas nunca faltaram nessa trajetória de quarenta anos de clube. Aquele abraço, tio Jorge. #JorginhoEterno pic.twitter.com/M2Y97bNQp4.

UOL Esporte - Flamengo

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