segunda-feira, 6 de abril de 2015

Expulsão absurda de Fred à parte, Fluminense foi adversário sob medida para o Flamengo de Luxemburgo/Deivid

Além da maneira como jogadores dos dois times iriam protestar contra as arbitrariedades da FERJ, a expectativa para o Fla-Flu era como o tricolor, agora sob o comando de Ricardo Drubscky, resolveria seus problemas no sistema defensivo para enfrentar os contragolpes do Flamengo.
A resposta do clássico, ainda com onze homens para cada lado, foi que não houve solução. O Flu ocupava o campo de ataque, trocava passes e tentava articular pela esquerda com Giovanni, Wagner e Gerson, a melhor saída na execução do 4-2-3-1 que Drubscky manteve dos tempos de Cristóvão Borges. Teve 56% de posse de bola no primeiro tempo e até finalizou mais: sete contra quatro.
Mas dava o contragolpe para o Flamengo novamente no 4-3-3 dos outros clássicos. Sem Paulinho, vetado pouco antes do clássico, Vanderlei Luxemburgo - representado pelo auxiliar Deivid após a absurda suspensão por criticar o regulamento do Campeonato Carioca - mandou a campo Luiz Antonio alinhado a Márcio Araújo, à frente de Jonas.
Sem Cáceres, Canteros e Everton, a opção por Gabriel pela esquerda completando o ataque com Marcelo Cirino e Alecsandro. Em vários momentos variando para duas linhas de quatro com Gabriel voltando e Luiz Antonio abrindo à direita.
A lógica, porém, era a mesma das outras partidas: time compacto, com a última linha de defesa com jogadores muito próximos e os laterais Pará e Anderson Pico fazendo as diagonais de cobertura. Bola roubada, passes longos procurando Cirino no limite da linha de impedimento, entrando pela direita entre Marlon e Giovanni, normalmente adiantados pela compactação da retaguarda com o meio-campo.
O veloz camisa sete ameaçou Diego Cavalieri uma vez. Já o chutaço de longe de Jonas surpreendeu o goleiro do Flu. Belo gol do volante que marca, tem bom passe e sai para o jogo. Ótima aquisição rubro-negra cada vez mais confiante e fazendo o time sentir menos a ausência de Canteros para pensar o jogo.
A expulsão de Fred foi absurda. Na interpretação deste que escreve, o centroavante sofreu a falta de Pico e caiu com o toque, sem simulação. O amarelo por se embolar com Paulo Victor na cobrança de escanteio foi justo para o atacante experiente que tenta muitas vezes tumultuar e "apitar" o jogo. Mas a segunda advertência do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães não teve o menor cabimento e justificou a revolta na saída de campo.
O Flamengo controlou os últimos quinze minutos do primeiro tempo. Finalizou menos, mas duas vezes no alvo contra uma do rival. Fez mais faltas (dez a seis) e desarmou muito mais: oito a três. O Flu segue marcando pouco. Sem pressão no homem da bola a retaguarda avançada é um convite. Adversário sob medida para o Fla.





No 4-4-1, o Flu conteve os contragolpes no início da segunda etapa com a tática do impedimento até Wagner chegar atrasado na pressão sobre Pará e Wellington Silva errar ficando um passo atrás dos companheiros e na mesma linha de Alecsandro. Belo passe do lateral, nono gol do centroavante em lance inteligente, jogando no contrapé do infeliz Cavalieri que saiu para antecipar um possível passe para Cirino.




Jogo resolvido. Drubscky tentou minimizar os danos trocando Wagner e Gerson, que sumiram do jogo, por Vinicius e Marlone. Depois tirou Kennedy e colocou Lucas Gomes em busca de velocidade. Apesar da posse de 58% e das 14 finalizações, apenas três na direção da meta de Paulo Victor, ficou claro que falta elenco ao Flu para mudar o jogo. O novo técnico, assim como Cristóvão, só tem a conta do chá.
Luxemburgo/Deivid, por conta dos desfalques, apelou para os jovens. Primeiro Frauches, já na volta do intervalo, para evitar uma possível compensação do árbitro expulsando Jonas, já com amarelo. Depois Mugni no lugar de Luiz Antônio e Gabriel deu lugar a Matheus Sávio, jovem da base autor do terceiro gol em nova falha de Cavalieri. Mais Sávio que Matheus
O Fla foi eficaz e eficiente. Das dez finalizações, metade no alvo, três gols. Também combativo: mais do dobro dos desarmes - 16 a sete. Seguiu fazendo bem mais faltas também, 17 contra nove.
Pelo peso dos desfalques, inclusive no comando à beira do campo, a atuação foi satisfatória. Já nas semifinais, a missão é confirmar a liderança com ataque mais positivo (31 gols) e defesa menos vazada (nove, junto com o Botafogo) diante do Nova Iguaçu na quarta-feira.
Para o Flu, decisão contra o Madureira com obrigação de vitória. Sem Fred e Edson, suspensos. Desde já é dever ficar atento à arbitragem neste Estadual já com tantos "asteriscos".

Blog: André Rocha

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