quarta-feira, 8 de abril de 2020

Mané revela construção de hospital em Senegal: “Para dar esperança às pessoas”:

Mané comemora gol pelo Liverpool na atual temporada: craque senegalês lançou documentário nesta quarta — Foto: Reuters/Carl Recine

Craque do Liverpool relembra por que morte do pai quando tinha sete anos o influenciou a ajudar cidade natal. Ele já levantou uma escola em Sédhiou e também fez doação ao governo para combater coronavírus.

 
Sadio Mané não nega as origens – pelo contrário. O craque do Liverpool e da seleção de Senegal resolveu fazer uma segunda importantíssima contribuição em sua cidade natal em Sédhiou como revelou no documentário “Made in Senegal”, disponível a partir desta quarta-feira numa plataforma digital.
 
O filme apresenta Mané narrando sua história desde a pobreza até os tempos atuais em que veste a camisa 10 do Liverpool e inclui entrevistas com o técnico Jürgen Klopp, além de companheiros como Mohamed Salah e Virgil van Dijk.
 
Na cena mais comovente, Mané lembrou do dia em que recebeu a notícia da morte de seu pai, quando tinha apenas sete anos. E como isso o influenciou a construir um hospital que será inaugurado nos próximos seis meses em Bambali, uma vila em Sédhiou, onde o Banco Mundial estima que quase 70% das famílias vivem na pobreza.
 
No ano passado, Mané já havia inaugurado uma escola na mesma província onde nasceu e recentemente fez uma doação de 40 mil libras (R$ 256 mil na cotação atual) ao governo senegalês para atuar no combate ao coronavírus.
 
- Eu tinha sete anos. Estávamos prestes a brincar no campo de futebol quando um primo se aproximou e disse: “Sadio, seu pai faleceu”. Eu respondi: “Sério? Ele está brincando...”. Eu realmente não conseguia entender.
 
- Antes de morrer, meu pai ficou doente por semanas. Nós trouxemos alguns remédios tradicionais e isso o manteve estável por três ou quatro meses. A doença voltou, mas dessa vez os remédios não funcionaram. Como não havia hospital em Bambali, eles o levaram para uma vila próxima para ver se conseguiam salvá-lo. Mas não conseguiram.
 
- Quando eu era jovem, meu pai sempre me dizia o quanto ele se orgulhava de mim. Ele era um homem de um grande coração. Sua morte teve um grande impacto em mim e em toda a família. Falei a mim mesmo: “Agora preciso fazer o máximo para poder ajudar minha mãe”. É algo difícil para lidar quando se é tão jovem.
- Lembro também que minha irmã nasceu em casa porque não havia hospital na nossa aldeia. É uma situação muito triste para todos. Eu quis construir um hospital para dar esperança às pessoas.
 No documentário, Mané relembrou quando fugiu de casa aos 15 anos com a ajuda de um amigo para perseguir o sonho de se tornar jogador de futebol, mas reforçou a importância de ter tido a oportunidade de frequentar uma escola.

- Foi difícil porque não tinha ninguém para me ajudar a alcançar o meu sonho. Mas eu nunca deixei de sonhar. Foi realmente difícil deixar minha família na vila e ir para Dakar (capital), mas eu sabia que poderia ser bem sucedido. Depois disso, minha família começou a levar mais a sério e soube que eu não queria fazer outra coisa. Eles sabiam que não tinham escolha, então me ajudaram.
 
- A educação é a chave. A escola vem em primeiro lugar. Talvez, se houvesse uma escola melhor quando eu era mais jovem, eu poderia ter estudado mais. Mas não foi o caso - eu estava na vila. Então, todos os meninos de lá querem jogar futebol e ninguém mais quer ir à escola. Eles só querem ser um jogador de futebol como eu... Mas eu sempre digo a eles para garantir que eles tenham uma boa educação e estudem. É claro que eles podem continuar jogando futebol, mas isso os ajudará a ter mais sucesso no que estão fazendo. Não é mais como quando eu era jovem, porque era muito difícil naquela época.
 
Globo Esporte
 

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