quinta-feira, 2 de abril de 2020

Futebol deve uma Bola de Ouro a Iniesta:

Iniesta em ação pela Espanha na Copa de 2018: craque viveu auge digno de Bola de Ouro — Foto: Reprodução / Instagram Iniesta

Maior craque espanhol merecia o título entre 2010 e 2012.

Desde 2008 o maior prêmio individual do futebol tem sido disputado gol a gol, lance a lance, por Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Em 2018 um intruso croata, Luka Modric, quebrou a sequência. Ouso dizer que outro grande craque merecia ter interrompido esse duopólio: Andrés Iniesta. O futebol tem uma dívida com esse genial espanhol de Fuentealbilla.
 
Durante o período em que a Espanha deu as cartas no futebol mundial, entre 2008 e 2012, Iniesta viveu seu apogeu técnico. Sua lista de conquistas pelo Barcelona é fantástica. Quatro Ligas dos Campeões, três Supercopas da Europa, três Mundiais de Clubes, nove campeonatos espanhóis, seis Copas do Rei, sete Supercopas da Espanha. Pela seleção espanhola ele ganhou duas Euros e a Copa do Mundo de 2010 – marcando o gol do título.
 
Alguns dizem que o espanhol de habilidade e visão de jogo incríveis deu azar por ser da mesma geração que Messi e Cristiano Ronaldo. Talvez o fato de não ser artilheiro deponha contra ele. Mas Iniesta certamente contribuiu muito para o sucesso de Messi e atrapalhou bastante a vida de Cristiano.
 
Iniesta é o tipo de atleta a quem apenas o futebol dá chance de ser craque. Tem 1,71m, nunca foi o mais forte e nem o mais veloz por onde jogou. É aquele tipo de jogador que quando domina a bola dá o recado para os outros 21 em campo: se quiserem brincar, vai ter que ser do meu jeito. Ele tem o poder, raro, de ditar o ritmo de uma partida. Assim como seu ex-companheiro, outro cracaço, Xavi Hernández.
 
Iniesta, porém, tem uma relação mais íntima com a bola. Xavi era um jogador de visão de jogo e ritmo espetaculares. Iniesta me parece a fusão dos elementos do meio-campista moderno. Tem a visão do meia e o passe do armador, a dinâmica e a aproximação do ponta-de-lança e o posicionamento do volante. Sua habilidade é a dos grandes craques do futsal, aqueles que fazem a bola grudar em seus pés.
 
Na Euro de 2008, Iniesta era reserva. Mas pulou para a categoria de protagonista na África, em 2010, e se estabeleceu como o grande craque da história da Espanha na Euro de 2012, quando foi o grande jogador do torneio da Polônia e da Ucrânia e ganhou o prêmio de melhor da Europa.
 
Em 26 de março de 2013 eu, Milton Leite e Marcelo Barreto transmitimos um jogo fundamental das Eliminatórias da Copa de 2014: França x Espanha, no Stade de France. A Espanha titubeava no grupo e, se perdesse, correria sério risco de ficar fora do Mundial. Mas um gol de Pedro aos 13 minutos do segundo tempo colocou os ibéricos em vantagem. A partir daí, Iniesta deu uma aula de valorização de posse de bola e contou com a ajuda do goleiro Valdés, que pegou muito, para garantir uma vitória fundamental para a classificação espanhola.
Na Copa de 2014, Iniesta escapou com dignidade do fiasco espanhol no Brasil. Atualmente, o craque Andrés Iniesta Luján defende o Vissel Kobe, do Japão.
 
O futebol ficou devendo a ele o reconhecimento como melhor do mundo entre 2010 e 2012.
Concordam? Discordam?
 
Globo Esporte
 

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