Juninho Pernambucano em entrevista coletiva de apresentação do técnico Rudi Garcia no Lyon Imagem: Romain Lafabregue/AFP |
Você conhece Adonias Correia Santana?
Com certeza, sim. São dois seres humanos em pontos extremos quando analisamos a escala da empatia, da solidariedade e do respeito ao próximo.
Eles estão unidos por causa de Anderson, morador de rua e dependente químico.
Adonias é madeireiro, responde a 22 processos e, possivelmente deve estar jejuando na Páscoa. Seu Cristo não é o do Papa Francisco.
Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior é o Juninho do Sport. O Juninho Pernambucano do Vasco. E do Lyon.
Ele viu a cena e, como milhões, se revoltou. Mas Juninho Pernambucano não é um em milhões. Resolveu agir. Contratou um advogado, que procurou Anderson.
Conseguiu seu consentimento para a internação em uma clínica para dependentes químicos por três meses. E, depois, se necessário e Anderson quiser, por mais tempo.
Prometeu ajudar depois, com ajuda financeira e na busca por um trabalho e para a reinserção na sociedade.
Adonias e Anderson, como milhões de brasileiros, sofreram ou vibraram com gols de Juninho. Era o único vínculo entre eles.
Agora, há outro. Um ser humano está ajudando outro a se recuperar da humilhação e da agressão física vinda de um pseudo ser humano. Um homúnculo, um animal.