segunda-feira, 20 de abril de 2020

Juninho Pernambucano é um ser humano exemplar:

Juninho Pernambucano em entrevista coletiva de apresentação do técnico Rudi Garcia no Lyon Imagem: Romain Lafabregue/AFP
Você conhece Antônio Augusto Ribeiro Reis Junior?

Você conhece Adonias Correia Santana?

Com certeza, sim. São dois seres humanos em pontos extremos quando analisamos a escala da empatia, da solidariedade e do respeito ao próximo.

Eles estão unidos por causa de Anderson, morador de rua e dependente químico.
Adonias é a besta-fera que, de dentro de seu carro, ofereceu 20 reais para que Anderson pudesse se alimentar. Quando ele de aproximou, levou um tapa na cara e foi chamado de vagabundo.

Adonias é madeireiro, responde a 22 processos e, possivelmente deve estar jejuando na Páscoa. Seu Cristo não é o do Papa Francisco.

Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior é o Juninho do Sport. O Juninho Pernambucano do Vasco. E do Lyon.

Ele viu a cena e, como milhões, se revoltou. Mas Juninho Pernambucano não é um em milhões. Resolveu agir. Contratou um advogado, que procurou Anderson.

Conseguiu seu consentimento para a internação em uma clínica para dependentes químicos por três meses. E, depois, se necessário e Anderson quiser, por mais tempo.

Prometeu ajudar depois, com ajuda financeira e na busca por um trabalho e para a reinserção na sociedade.

Adonias e Anderson, como milhões de brasileiros, sofreram ou vibraram com gols de Juninho. Era o único vínculo entre eles.

Agora, há outro. Um ser humano está ajudando outro a se recuperar da humilhação e da agressão física vinda de um pseudo ser humano. Um homúnculo, um animal.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL - Blog do Menon
 

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