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quinta-feira, 25 de junho de 2015
Com poucos recursos, Vasco admite ‘loucuras’ para fugir do rebaixamento
Quando seu time chegou à lanterna do Brasileiro no final de semana, a diretoria do Vasco resolveu reagir e contratar jogadores para reforçar seu elenco, além de trocar de técnico. A situação financeira, no entanto, é péssima com poucos recursos até o final do ano. Assim, a estratégia é fazer “loucuras'' para evitar o rebaixamento, nas palavras do vice de Futebol, José Luiz Moreira.
O balanço vascaíno do final do ano mostra um clube que tinha R$ 222 milhões a pagar só em 2015. O problema é que a receita anual gira em torno de R$ 130 milhões, e o total de créditos no ano era de R$ 29 milhões. A conta não fechava como dizia o próprio documento. Esse buraco foi gerado principalmente nas duas gestões de Roberto Dinamite, mas o presidente do clube, Eurico Miranda, também deixara débitos de suas administrações anteriores até 2008.
Por isso, Eurico foi contido nos gastos no Estadual com um time barato. Mas isso mudou, nesta semana, quando o Vasco fechou com Andrezinho e Herrera, tenta Ronaldinho e ainda estuda mais reforços. Questionado como foi possível obter os recursos, Moreira não quis explicar:
“Não vou dizer o caminho'', disse o dirigente vascaíno, afirmando que a origem dos recursos é o próprio clube. “Eu e Eurico somos dirigentes há muitos anos. Não somos aventureiros. Não vamos fazer o que não tem condição de fazer. Somos bem-sucedidos. Temos a habilidade para fazer.''
Em seguida, ele deixa claro que vai esticar a corda financeira do clube por mais contratações que fortaleçam a equipe. “O Vasco não para. Às vezes, loucuras têm que ser feitas para que o Vasco não fique tão longe dos outros. Mas isso com responsabilidade'', contou.
Em reunião recente na CBF, Eurico contou a outros cartolas que as suas receitas do ano estavam comprometidas. Houve a renovação do patrocínio com a Caixa Econômica, que representará uma injeção de recursos. Ainda assim, os cerca de R$ 15 milhões são insuficientes para cobrir o rombo.
Há jogadores caros herdados da gestão anterior como o lateral Nei, com salário acima de R$ 200 mil, e pouco utilizado. O Vasco queria tentar rescindir alguns desses contratos mais altos para fechar com outros atletas para reforçar o time. Já o projeto de Ronaldinho, teoricamente, deveria ser bancado por patrocinadores se for bem-sucedido.
Certo é que, sem vitórias e com três pontos na tabela, a diretoria do Vasco já lida com o desespero em campo como prioridade em relação ao buraco financeiro.
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