Para quebrar esse tabu, na 16ª rodada, o Manaus contou, além da estrela de seu artilheiro Hamilton, que marcou os dois gols da vitória, com a estratégia certa para a partida, com um meio de campo mais "povoado" , assim como já havia feito contra o Treze, e muita paciência para buscar os gols.
E essa paciência veio do aprendizado de outras partidas em que a equipe jogou até melhor, mas não conseguiu ser efetiva e nem conquistar os três pontos fora de casa. Dessa vez, o time soube suportar a pressão do adversário em alguns momentos críticos, como no fim do primeiro tempo, e teve calma para trabalhar a bola até conseguir os gols.
A paciência ficou evidente no toque de bola. Mais uma vez no esquema 4-4-2, o técnico Luizinho Lopes "povoou" o meio e, com dois meias de origem (Janeudo e Gabriel Davis), a equipe rodou a bola um pouco mais. O problema é que, com apenas Philip como jogador de velocidade, aproveitou pouco os contra-ataques.
Por ter poder de resposta apenas no setor direito, com o apoio de Edvan, o time apesar de dominar boa parte do primeiro tempo, perdeu poder de contra-ataque e se viu "encurralado" pelo Santa Cruz. Foi aí que apareceu o goleiro Gleibson, que evitou o gol em uma cabeceada de Pipico.
Após o intervalo, o time voltou com a mesma estratégia, mas corrigiu o setor de ataque pela esquerda. E foi neste lado que Gabriel Davis procurou atuar mais, ao lado de Tsunami. Em um contra-ataque, Davis fez jogadaça AO chutar cruzado para a defesa do goleiro. Porém, no rebote, Hamilton aproveitou para abrir o placar.
Com o gol, o Manaus ganhou mais confiança e passou trabalhar ainda mais a bola, mas no setor de ataque. E conseguiu o segundo gol em um dos pontos fortes do time na Série C, que é a bola parada.
Sem Daniel Costa, machucado, Edvan foi o encarregado das cobranças. E, em um escanteio, Luis Fernando escorou de cabeça para baixo, a zaga vacilou, e Hamilton girou e ampliou o placar.
Já sem Philip, que saiu reclamando de dores na coxa e deu lugar para Matheuzinho, e com Paulinho Simionato no lugar de Hamilton, o Manaus perdeu o poder de ataque e se viu pressionado pelo Santa Cruz, que conseguiu cavar uma falta perto da área, que culminou no gol de Chiquinho.
No fim, com o time cansado e sem substituições a fazer (Luizinho mudou três vezes em três paradas), o Manaus ficou praticamente apenas na defesa. Conseguiu suportar a pressão para garantir a primeira vitória fora de casa, que deixa o time com chances de classificação para próxima fase.
GE.com Manaus