Presidentes de Vasco (Alexandre Campello) e Flamengo (Rodolfo Landim) com o presidente Jair Bolsonaro e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro Imagem: Reprodução/Instagram Flávio Bolsonaro |
Vasco e Flamengo são como água e vinho. Não se misturam. Eu prá cá e você pra lá. O que os une, além de serem representantes da paixão popular é o preto na camisa. No Vasco, junto com o branco. No Flamengo, com o vermelho.
E, em 19 de maio de 2020, as cores tomaram significado extra: o branco de susto, o vermelho de vergonha e o preto de luto.
Alexandre Campello, presidente do Vasco, e Rodolfo Landim, do Flamengo foram a Brasília e se reuniram com o presidente Bolsonaro.
Um direito deles. Por mim, podem se reunir com Ciro, Lula, Flávio Dino ou o Cacique Raoni. É direito deles.
O problema é o motivo da reunião. Foram pedir a volta do campeonato carioca. O mundo cancela a Olimpíada e eles querem enfrentar o Bangu.
E em que circunstâncias? Quando o Brasil caminha para o desconhecido. Exatamente no mesmo dia em que são computadas 1179 mortes pelo coronavírus. Quando a marca de 20 mil mortes será alcançada em um dia. Quando morre um brasileiro a cada 73 segundos.
É muita irresponsabilidade. Querem transformar o Maracanã em um grande caixão?
Aliás, a visita foi marcada pela adesão à irresponsabilidade. O médico Márcio Tannure não usou máscara. Que exemplo! Ninguém usou máscara. Ninguém manteve distância social.
Será que o Flamengo está com pressa de jogar para fazer acordo com as vítimas do Ninho do Urubu? Será que o Vasco tem pressa de jogar para pagar salários atrasados.
Lógico que não.
Landim e Campello foram em Brasília para fazer marketing da Morte.
Blog do Menon Uol Esportes