sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Time Mais Feliz do Grupo da Morte:

 
 
A derrota de virada para o San Lorenzo nos últimos minutos certamente está doendo, mas de alguma forma o Danubio segue comemorando. Quando o sorteio da Libertadores apontou que, por conspiração dos papeizinhos, a chave 2 seria uma das mais difíceis da competição, apenas um clube vibrou. Justamente aquele que tecnicamente teria mais a lamentar: se para San Lorenzo, Corinthians e São Paulo o destino pareceu não pai, mas padrasto, para o modesto Danubio foi a maior das bênçãos, afinal enfrentar clubes tradicionais do continente é uma oportunidade dourada de incrementar os cofres do clube, que opera em um patamar quase MICROSCÓPICO se comparado ao futebol brasileiro
Na partida contra o São Paulo, a Arena Corinthians obteve aquela que até agora é sua maior renda: R$ 3,5 milhões. Esta vultosa soma não é suficiente para pagar metade do salário mensal do grupo corintiano, mas seria capaz de sustentar o Danubio por quase meia temporada. Não apenas o futebol, mas TODO o clube, incluindo funcionários, categorias de base e complexo desportivo. Segundo relatório da Pluri Consultoria, o elenco do Danubio tem apenas o 32º valor de mercado entre os 38 times que começaram a Libertadores, avaliado em R$ 23,9 milhões (o Cruzeiro, que lidera a lista, conta com um time cujo valor estimado é de R$ 197,4 milhões; São Paulo e Corinthians, os colegas brasileiros do Danubio na chave 2, estão avaliados em R$ 181 milhões e R$ 142,2 milhões, respectivamente).Conforme o presidente Oscar Curuchet, o time de la franja tem um gasto total de cerca de 300 mil dólares por mês (3,6 milhões de dólares por ano). Em um ano, recebe 700 mil dólares de direitos de televisão e sócios do clube, valor que sequer pagaria um mês de salário de alguns nomes do futebol brasileiro. Para fechar a conta, é preciso vender jogadores, e nisso o Danubio é uma das referências do futebol charrúa: de suas canteras já surgiram nomes como Carini, Cavani e Gargano, apenas para citarmos nomes recentes. Um tal de RECOBA também foi formado lá.Assim, se os clubes brasileiros chiam (e com razão) pela premiação da Libertadores, para los de la Curva os 900 mil dólares pelas três partidas da primeira fase serão um BÁLSAMO para as contas, afinal vão garantir três meses de funcionamento do clube. Isso sem contar a renda das partidas. Se por ventura, conseguir realizar façanha semelhante à do rival Defensor, semifinalista de 2014, a atual temporada vai garantir um fôlego ainda mais duradouro. Para ilustrar: quando Suárez se transferiu para o Barcelona, uma comparação das cifras apontava que o valor da transação cobriria TRINTA anos de manutenção do Danubio.A situação do Danubio, é claro, não é incomum no Uruguai, onde os times marcham para uma guilhotina financeira. As receitas advindas de patrocínio e venda de ingressos não são suficientes. Para se manter, precisam negociar a liberação do dinheiro da TV e torcer para que NÃO CHOVA quando enfrentam Nacional e Peñarol, pois destes confrontos saí grande parte das receitas. Em todos os outros jogos da temporada, a regra é que percam dinheiro, devido aos custos envolvidos na operação da partida, seja no Centenário ou nos seus próprios estádios.Fora isso, resta a venda de jogadores, mas são poucos clubes no país que contam com estrutura para formar jovens talentos. Dois dos principais, aliás, são Danubio e Defensor, que não por acaso disputam o “clássico dos médios” – estão muito abaixo de Nacional e Peñarol, mas bastante acima dos clubes chicos. Existe, inclusive, grande rivalidade entre ambas as torcidas. Quatro vezes campeão nacional, o Danubio está em sua sétima Libertadores. A melhor colocação foi em 1989, quando foi eliminado nas semifinais para o Atlético Nacional, que seria o campeão.Dentro do campo, a princípio, não há motivos para grandes expectativas. Justamente para manter as contas em dia, o Danubio negociou Mayada, um dos seus principais nomes, para o River Plate, além de vender o arqueiro Ichazo para o Torino. Campeão do último campeonato uruguaio, encerrado na metade de 2014, em decisão dramática com o Wanderers, o clube teve um segundo semestre bastante irregular. Para surpreender meio mundo, precisa mais do que nunca de suas categorias de base. Mas, principalmente, torce para que o Centenário transborde nas partidas contra São Paulo e Corinthians. O que para muitos é grupo da morte para o Danubio é uma oportunidade ímpar de garantir a sobrevivência. E continuar vivo, afinal de contas, é a única coisa que importa mais que um título.


Fonte: Blog Meia Encarada




 

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