Foram chamados apenas jogadores que atuam em clubes do exterior.
A lista, formada apenas com jogadores até 24 anos, é a primeira de Jardine depois da Seleção garantir vaga olímpica, em fevereiro, e conta com nomes que já foram convocados por Tite, como Bruno Guimarães, Lucas Paquetá, Rodrygo e Matheus Cunha.
– A gente, obviamente, acaba conseguindo acompanhar mais de perto os jogadores do Brasil, ainda mais com a quantidade de jogos que está tendo, quarta e domingo. Os jogadores de fora a gente assiste também, mas sempre pela televisão, pelo computador, e fica prejudicada a observação. Essa data tem essa importância, além de resgatar o projeto olímpico, que sofreu como todo o futebol com a pandemia, a gente via com muita importância ter uma convocação ainda esse ano. Em 2021, as data Fifa estarão próximas da Olimpíada – disse o técnico André Jardine.
Confira mais do treinador abaixo dos nomes da lista.
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Confira abaixo os jogadores convocados:
Goleiros
- Philipe - FC Dallas, Estados Unidos
- Gabriel Brazão - Real Oviedo, Espanha
- Daniel Fuzato - Gil Vicente, Portugal
Zagueiros
- Gabriel Magalhães - Arsenal, Inglaterra
- Ibañez - Roma, Itália
- Luiz Felipe - Lazio, Itália
- Lyanco - Torino, Itália
Laterais
- Ayrton Lucas - Spartal Moscow, Rússia
- Caio Henrique - Monaco, França
- Dodô - Shakhtar Donetsk, Ucrânia
- Emerson - Bétis, Espanha
Meias
- Wendel - Zenit, Rússia
- Maycon - Shakhtar Donetsk, Ucrânia
- Bruno Guimarães - Lyon, França
- Marcos Antônio - Shakhtar Donetsk, Ucrânia
- Reinier - Borússia Dortmund, Alemanha
- Lucas Paquetá - Lyon, França
Atacantes
- Antony - Ajax, Holanda
- Pedrinho - Benfica, Portugal
- Rodrygo - Real Madrid, Espanha
- David Neres - Ajax, Holanda
- Matheus Cunha - Hertha Berlim, Alemanha
- Evanilson - Porto, de Portugal
Confira abaixo outros trechos da entrevista de André Jardine:
Convocação final para a Olimpíada
– O futebol tem muito do momento e não tem como antecipar, a Olimpíada é no meio do ano que vem e não dá para saber os jogadores que vão estar vivendo um momento que realmente justifique uma convocação para a seleção olímpica. Obviamente a gente tem no radar três ou quatro jogadores por posição e muitas vezes a diferença entre um e outro é pequena, vai do momento. Cabe a mim, ao Tite, ao Paulo, encontrar oportunidades para todos, fazer justiça em cada convocação e tentar formar a seleção mais forte possível. É difícil precisar qual seleção é a mais forte. Neste momento, com certeza teriam jogadores que estariam na lista final, faço questão de citar, como Pepê, do Grêmio, Matheus Henrique mantendo o seu momento, no Flamengo muitos jogadores com idade olímpica em alto desempenho, Pedro, Gérson, o Hugo... estamos de olho, não desanimem, tenham esse desejo, essa meta de jogar olimpíada pelo Brasil. Não vamos deixar de convocar um jogador que esteja em alto nível e tenham esse desejo. Talvez esqueci alguns jogadores... Guga, Arana. Esses atletas com idade olímpica no Brasil, que vêm performando, com certeza terão oportunidades.
Importância dos amistosos
– Conseguimos dois amistosos com seleções de ótimo nível, já classificadas, podendo observar jogadores que já estavam nesse processo e outros poucos que a gente ainda não tinha tido o privilégio de convocar e vamos poder observar de perto, jogadores que estão vivendo grande momento, como o Marcos Bahia, do Shakhtar, Maycon, que esteve com a gente no Pré-Olímpico, o Evanílson, que vivia grande momento no Fluminense e se transferiu para o Porto, um jogador que também fez por merecer, o Lucas Paquetá, que sempre esteve no nosso radar, o David Neres, atleta que eu conheço bem, importante no nosso ciclo. Dentre outros vários, como os próprios zagueiros, que tivemos dificuldade no Pré-Olímpico, conseguimos trazer Gabriel, Lyanco, Ibañez, Luiz Felipe, zagueiros importantes na geração. Ficamos muito satisfeitos de formar uma seleção muito forte. Os que não estão aqui é porque estão com Tite, nos orgulhamos muito de ter uma geração realmente muito forte, capaz de formar uma seleção só com jogadores da Europa, em altíssimo nível, e outros do Brasil poderiam estar aqui. Em março queremos convocar não importando se estão na Europa ou no Brasil, mas formar a melhor seleção possível.
Matheus Cunha
– É incrível como ele desperta essa atenção de toda a imprensa, de toda a torcida, chegou na seleção principal com todo o merecimento, a gente tinha certeza que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Temos o feeling de sentir jogadores que, além do potencial técnico, têm determinação e brilho no olho grande, vontade de jogar na Seleção. Ele teve um papel fundamental para ir para o Pré-Olímpico, foi firme com o clube, dizendo que a Seleção tem prioridade na carreira dele. Temos essa dificuldade em algumas competições por não ser data-Fifa, e sem essa vontade, esse brilho no olho... O Matheus Cunha é esse jogador, que coloca a Seleção em primeiro lugar, está claro o que ele quer para a carreira dele, e só tem tido resultados positivos, crescendo aqui e no clube, vai ter um futuro brilhante.
Limite de 24 anos
– Assim que teve o problema da pandemia, eu tinha certeza que o bom senso imperaria no Comitê Olímpico e eles trocariam a idade. É justo que disputem o torneio os jogadores que conquistaram a vaga. Não muda nada no planejamento, só ficamos satisfeitos de vê-los atingindo esse sonho.
Conceitos
– Tanto eu como o Tite tentamos respeitar a característica do jogador. Se convoca os melhores e a partir disso tentamos entender e encaixar as peças para potencializar os jogadores. A seleção olímpica foi se formando desde Toulon com essa ideia de jogar com pontas que tenham força de 1 x 1, repertório pelo lado... A gente entende que na maior parte dos jogos vai enfrentar adversários fechados, que se fecham principalmente pelo centro. Times como o Brasil, que precisam propor o jogo, entrar para vencer, com jogadores de alto repertório de drible e improviso pelo lado do campo acabam gerando situações que furam defesas muito fechadas. Em cima disso fomos criando, e as características dos jogadores foram nos dando um caminho. A partir dessa convocação acho que poderemos aumentar o repertório. A seleção criou um padrão de jogo que ficou visível, e nos cobramos para estar evoluindo cada vez mais. No Pré-Olímpico, o Guga foi o lateral mais ofensivo, Caio Henrique e Iago, mais defensivos. Os conceitos (da olímpica e da principal) se assemelham, sim, isso eu acho muito legal, que a gente consiga construir uma identidade parecida.
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