Carioca trabalha como vigilante de um hospital de Natal e não esquece dos momentos de glória vividos no América
No dia 4 de junho de 1998, o América entrava em campo diante de um Machadão lotado para decidir o titula regional. A equipe potiguar chegou as finais da Copa do Nordeste daquele ano contra o Vitória-BA depois de ter perdido o jogo de ida por 2 a 1, na Bahia.
O antigo estádio de Natal, que seria demolido mais de duas décadas depois para a construção da Arena das Dunas, estava tomado de uma multidão vestida de vermelho que acreditava numa virada americana. Para ficar com a taça, o time potiguar precisava vencer por dois gols de diferença. Biro-Biro e Paulinho Kobayashi trataram de construir a vantagem para o América. Aquele placar de 2 a 0 já seria o suficiente para o título americano, mas o zagueiro Flávio descontou para os baianos.
O América precisava de mais um gol para conquistar o Nordeste e aos 34 minutos a grande chance de marcar o terceiro gol apareceu. Moura sofreu pênalti e o volante Carioca cobrou à meia altura, do lado esquerdo do goleiro Sérgio, 3 a 1. América campeão da Copa do Nordeste.
Considerado o herói da conquista, o ex-jogador Carioca não esquece o grande triunfo americano: “Foi tudo ralado. Na equipe não tinha estrela, eram jogadores experientes e a base do clube. Uma equipe que se superou. Vai ficar marcado na minha vida e dos meus companheiros. Foi inesquecível”.
Carioca lembra com carinho dos momentos de glória e diz que aqueles momentos e os personagens que fizeram parte deles não podem ser esquecidos. “Jogadores que fizeram parte de momentos tão importantes do América não podem ser esquecidos de uma hora para outra. A história não se apaga, fica na memória dos americanos”, comentou ele que destacou ainda o carinho que recebe da torcida até hoje.
“Fico feliz pela lembrança dos torcedores que demostram carinho por mim nas ruas e aqui no trabalho. Passei momentos de glória. Hoje sou ex-atleta e esse carinho que ainda sinto da torcida é muito bom”, comentou Carioca.
Carioca considera importante todas as comemorações feitas para festejar o centenário americano e se sente “feliz por ser lembrado e fazer parte da história do América”. Além do Nordestão, o ex-jogador ainda conquistou o Campeonato Potiguar de 1996 e o acesso à Série A no mesmo ano, pelo Alvirrubro.
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